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Esta seção se concentra no planejamento de programas de doações. Nós exploramos duas abordagens; a primeira envolve a preparação de um plano estratégico que incorpora metas, objetivos, estratégias e atividades específicas. A segunda descreve uma abordagem na qual os departamentos do programa comandados por profissionais tiveram a oportunidade de desenvolver iniciativas dentro das suas próprias áreas de programa e selecionar a combinação de parceiros mais apropriada.
- Exemplo 1: Um plano estratégico
Foundation for the Philippine Environment - Exemplo 2: Uma estrutura para o projeto do programa
Foundation for Higher Education (Colômbia)
Como as fundações planejam seus programas de doações?
Resumo
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Enquanto o conselho assume a liderança na definição das áreas prioritárias do programa, em alguns casos a responsabilidade de projetar e implementar o programa através de um processo de planejamento estratégico está nas mãos da equipe de profissionais da fundação. O formato do programa dependerá consideravelmente, então, das habilidades específicas, interesses e experiência do alto escalão da equipe. As fundações com prioridades temáticas claramente estabelecidas (tais como meio ambiente, saÙde ou educação) geralmente tentam recrutar uma equipe com formação e experiência nesses respectivos campos. Ela terá a responsabilidade primária de identificar os tipos de beneficiários e programas a serem apoiados. O sucesso dos programas dependerá em larga escala de sua capacidade de criar uma massa crítica de parceiros e de buscar continuamente maneiras de desenvolver sinergia entre eles.
Neste capítulo, nós analisaremos dois exemplos. O primeiro é a Foundation for the Philippine Environment (FPE). Este exemplo mostra como uma fundação relativamente jovem decidiu, logo no início, preparar um plano estratégico que convertesse a visão e a missão da organização em metas, objetivos, estratégias e atividades específicas. O caso mostra alguns dos benefícios e desafios dessa ferramenta e examina as funções desempenhadas pelo conselho, pela equipe e pelos parceiros na sua implementação e análise.
No segundo exemplo, nós voltaremos ao caso da Fundación para la Educación Superior (FES), da Colômbia. Examinaremos como uma fundação grande é capaz de desenvolver departamentos separados para cada área do programa. Com uma equipe de funcionários especializados em cada departamento, a fundação fica bem posicionada para identificar necessidades não atendidas e construir programas sólidos para responder a essas necessidades. Ela também fica equipada para desempenhar um papel importante na criação de parcerias entre pesquisadores, agências de atuação (governamentais e não-governamentais), desenvolvedores de política e doadores, fundamentais para o desenvolvimento de soluções duradouras para problemas críticos.
Ambos os casos mostram a necessidade de estabelecer contatos com agências governamentais para ajudá-las a melhorar sua forma de fazer negócios. Ter fontes independentes de financiamento permite que a fundação fique em uma posição privilegiada em termos de influenciar programas governamentais. No caso específico da Colômbia, houve uma clara percepção de que a fundação teria de planejar programas-piloto com o objetivo de causar impacto nas práticas governamentais, dada a onipresença do estado nos setores de saÙde e educação. Devido a seus amplos contatos nos setores sem fins lucrativos e governamental, a FES desempenhou um papel efetivo de intermediária entre os dois.